Diante da transformação digital em curso, muitos mercados têm o desafio de se reinventar. Com o mercado segurador não é diferente. As possibilidades são muitas. Contudo, uma das principais tendências em seguros é o uso de ferramentas tecnológicas e da automação.
De acordo com o relatório recente da consultoria Capgemini, as seguradoras e corretoras vêm apostando alto na robotização, na inteligência artificial e na automação de processos de negócios. E não é para menos. O estudo indica que o investimento em tecnologia para seguros pode elevar a receita do setor em até US$ 243 bilhões.
A questão é: como a aplicação de recursos em ferramentas disruptivas, a exemplo de APIs, chatbots e machine learning, podem impulsionar o crescimento e o desenvolvimento das seguradoras? Quais são as principais maneiras de priorizar a automação de seguros, para conquistar resultados mais positivos? É sobre essas questões que este artigo fala.
Quer saber mais sobre tendências em seguros e tecnologia? Continue lendo esse artigo.
# Qual o tamanho desse mercado?
As seguradoras que investirem em ferramentas digitais irão muito mais longe. A inovação e a tecnologia para seguros são indispensáveis para se destacar em um mercado altamente impactado pela transformação digital.
Segundo o relatório Tech Vision para Seguros uma série de novas iniciativas podem mudar o modelo de negócio tradicional das empresas da áreas. Dentre elas, vale citar:
- Automação inteligente;
- Força de trabalho líquida;
- Economia de plataforma;
- Disrupção previsível;
- Confiança digital.
Com a automação de seguros, é possível construir um novo modelo de negócio que permita avaliar e mensurar riscos diretamente, individualmente e em tempo real, minimizando as chances de sinistro e conferindo mais bem-estar aos segurados.
Ainda assim, muito além de investir na tecnologia para seguros, as empresas do setor precisam mudar também sua força de trabalho e cultura, bem como a maneira de fazer a gestão de pessoas. É preciso ter um time de profissionais tanto criativo como analítico, formado por membros de diferentes áreas como Ciência, Engenharia, Tecnologia e Matemática, por exemplo.
Ou seja, é fundamental combinar o investimento em ‘automação inteligente’ com uma força de trabalho nova, com alto poder de adaptabilidade e atenta às demandas da transformação digital.
# Quais são as principais tendências de seguros?
A seguir, é possível conferir algumas das principais tecnologias que já vêm sendo incorporadas nas estratégias das seguradoras. Vale conhecer e experimentar!
1. Robótica
A robotização faz parte de um movimento de transformação digital irreversível. Para se destacar no mercado, ganhando competitividade, as seguradoras precisam apostar nessa tendência. Isso porque, cada vez mais, os robôs devem ser adotados para conectar pessoas e marcas, proporcionando o fechamento de negócios em plataformas.
Neste sentido, na área de seguros, a expectativa é de que a robotização ajude profissionais na análise de casos complexos. De acordo com a revista CIAB Febraban, o mercado de automação de processos robóticos habilitado por inteligência artificial (AI) vem crescendo exponencialmente, com a perspectiva de atingir US$ 5 bilhões até 2020.
Durante o maior encontro da América Latina de tecnologias para o setor bancário, o CIAB Febraban 2018, Manuel Rodrigues, diretor de operações da Zurich, afirmou que a robotização já é uma rotina na área de seguros massificados vendidos nas redes varejistas. “Hoje são feitos 40 mil pagamentos robotizados por mês”, relatou.
2. Inteligência artificial
A inteligência artificial é uma das inovações disruptivas que permitem a automação dos processos no mercado de seguros. Até então, a tecnologia tem sido mais aplicada em rotinas de backoffice como, por exemplo, na análise e checagem de danos que já pode ser feita por um drone.
A Zurich é uma das seguradoras que vêm investindo no machine learning, para fazer análises consistentes, aprender com os dados coletados, identificar padrões e tomar decisões com o mínimo de intervenção humana.
Com o uso das ferramentas de analytics e machine learning, a seguradora consegue mapear padrões de comportamento fraudulentos com agilidade, reduzindo o número de fraudes em notificações de sinistros. Ou seja, a tecnologia apoia tanto a prevenção quanto o combate às fraudes.
3. Internet of Things (IoT )
Cada vez mais, as seguradoras e corretoras vêm incorporando algumas das principais tendências em seguros. Muitas já adotaram a cloud computing para armazenar informações dos clientes. Enquanto isso, outras usam a IoT como termômetro do comportamento do segurado.
Um exemplo são os programas Dirija Bem, da Bradesco Seguros e o Direção em Conta, da Liberty Seguros. Eles rastreiam os carros e monitoram o perfil do condutor. Com base nos dados extraídos desse acompanhamento, eles têm condições de oferecer um serviço sob-medida para cada segurado. Ou seja, podem, por exemplo, premiar com descontos quem tem melhor desempenho na direção.
4. Big Data Analytics
Essa é a tecnologia disruptiva que permite a coleta de vários tipos de dados. Eles podem ser obtidos em interações com os clientes por meio de diversos dispositivos e na internet (dados não estruturados). Na fase de análise, são combinados com dados dos clientes que as seguradoras já têm em seus sistemas (dados estruturados), compondo um grande e valioso banco de dados (big data).
Portanto, trata-se de uma ferramenta que fornecer indicadores e dados para a geração de novos insights e estratégias, bem como para estreitar o relacionamento com o segurado.
Ao se apropriar das possibilidades da Big Data, a HDI Seguros foi uma das primeiras seguradoras a apostar em uma solução analítica para coleta e análise de dados com o objetivo de auxiliar a precificação de seguros. A companhia tem um time de matemáticos que trabalham estudando algoritmos e calculando os riscos de cada proposta feita pela empresa para novos segurados.
# Vantagens da automação de seguros e papel das APIs
Dentre os diversos benefícios conquistados com a automação, vale citar alguns deles:
- Melhor controle das informações e dos processos;
- Aumento da produtividade e da eficiência operacional;
- Identificação de novos padrões de riscos;
- Oferta de serviços mais personalizados;
- Atendimento mais proativo.
Vale ressaltar que a aplicação dessas tecnologias depende também do uso de APIs. Elas são responsáveis pela integração entre o aplicativo do Direção em Conta e o banco de dados da Liberty, por exemplo. Ou seja, indispensáveis para viabilizar a comunicação entre dispositivos e sistemas, bem como de um aplicativo para outro.
Quer conhecer outras possibilidades para automação em seguros? Continue acompanhando o Trends.