A carteira digital veio para ficar: diga adeus ao couro

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A maneira como os humanos armazenam dinheiro mudou com o tempo. Mas, de saquinhos amarrados à cintura, porta-moedas e carteiras de couro, sempre encontramos maneiras de guardar dinheiro com segurança. 

A carteira mais recente pode ser encontrada em um dispositivo pequeno e retangular de propriedade de muitas pessoas: também conhecido como smartphone.

Qual é o potencial das carteiras digitais? Elas são o futuro ou uma moda passageira? Leia este post para descobrir!

O potencial das carteiras digitais

As carteiras digitais já estavam em alta desde 2019 e em 2020 a Covid-19 acelerou essa transformação. Os consumidores foram incentivados a limitar o contato comprando digitalmente, levando a mudanças como um aumento nos gastos realizados sem contato. 

E, à medida que os pagamentos digitais e sem contato se tornam parte do ‘novo normal’, o abandono dos pagamentos físicos ocorrerá de forma contínua.

De acordo com a consultoria Bain & Company, em 2018, as carteiras digitais eram responsáveis por 16% do total de pagamentos realizados em pontos de vendas físicos em todo o mundo. Já em 2022 o número crescerá para 28%. Na América Latina, as carteiras digitais devem representar, em 2022, 9% das vendas físicas.

Simplificação dos meios de pagamento

As pessoas estão mais habilitadas digitalmente do que nunca. Portanto, experiências de pagamento inovadoras não são vistas como um luxo, mas sim são (muito) esperadas. E a velocidade e conveniência que uma carteira digital oferece sempre foi uma proposta atraente.

Uma pesquisa feita pela Fujitsu no Reino Unido descobriu que, embora as preocupações com segurança fossem uma das principais razões para os consumidores não adotarem os serviços bancários digitais, quase um terço (29%) dos entrevistados disseram priorizar a velocidade em relação à segurança quando se trata de concluir transações ou transferências. Portanto, é importante que as carteiras digitais sejam desenvolvidas com segurança em primeiro lugar.

E muitas carteiras digitais modernas já oferecem boa segurança. A verificação biométrica de pagamento, usada na maioria dos smartphones, é uma forma de pagamento muito mais segura do que utilizar um cartão de crédito ou débito sem contato.

Enquanto os cartões de crédito biométricos estão sendo desenvolvidos por alguns bancos, as carteiras digitais para smartphones fornecem impressão digital pronta e tecnologia de reconhecimento facial, o que limita o risco de fraude e roubo.

Quem lidera essa mudança?

As organizações do setor financeiro precisam observar a mudança nas atitudes do consumidor em relação às carteiras digitais se quiserem estar na vanguarda da transição – especialmente porque há uma diversidade crescente em quem está fornecendo os serviços de pagamento

Veja o ApplePay: como consumidor, você pode ver o nome do seu banco na tela, mas o smartphone da Apple é quem está, na verdade, fazendo o pagamento. Isso permite que essas empresas se beneficiem dos dados dos clientes, dando-lhes a chance de controlar o mercado de pagamentos.

Na verdade, o aumento das carteiras digitais levou à entrada de novos participantes não tradicionais no setor financeiro. A Apple criou seu próprio cartão de crédito, enquanto o Facebook ainda está procurando desenvolver uma criptomoeda e carteira digital na plataforma – apenas dois exemplos de como os gigantes da tecnologia entraram no mercado.

Os bancos tradicionais devem permanecer atentos a esta nova competição. Eles já têm a confiança do consumidor que é correntista, mas isso não os torna invencíveis e novos concorrentes continuarão a surgir (de onde menos se imagina). E embora os novos players ainda não controlem o mercado de pagamentos, certamente há potencial para eles assumirem a liderança.

O mercado está prestes a se tornar mais complicado do que nunca. E à medida que as carteiras se tornam cada vez mais digitais, os consumidores podem começar a escolher o serviço que lhes oferece a melhor experiência digital, em vez daqueles em que mais confiam.

Carteiras digitais no Brasil

Hoje 61% dos brasileiros das classes sociais A a C que possuem smartphones usam pelo menos uma carteira digital. Os dados foram levantados pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC) em uma pesquisa que trouxe outros insights interessantes:

  • 47% dos consumidores entrevistados disseram que a facilidade de uso em qualquer lugar é o principal benefício que os incentiva a fazer um pagamento móvel;
  • 53% listam como principais benefícios as transações imediatas e a confirmação instantânea.

Embora os cartões de crédito e o boleto bancário ainda sejam os métodos de pagamento favoritos dos consumidores, as carteiras eletrônicas oferecem uma experiência móvel positiva e sem atrito.

O Brasil tem cerca de 600 carteiras digitais disponíveis. Números da consultoria britânica de investimentos Buyshares indicam que o País já é o quarto maior mercado mundial de mobile wallets.

Conheça, abaixo o ranking dos maiores e a perspectiva de movimentação em 2020:

  1. China (US $ 755,5 bilhões);
  2. EUA (US $ 357,5 bilhões) 
  3. Reino Unido (US $ 45,8 bilhões) 
  4. Brasil (US $ 22,3 bilhões)
  5. Coreia do Sul (US $ 17,6 bilhões)

E, ao que tudo indica, haverá um crescimento rápido. A projeção da Buyshares é que o número de usuários em todo o mundo cresça 49,5% até 2024, de 1,17 bilhão para 1,75 bilhão. Isso significa 23% da população mundial. 

As tendências levam em consideração que esse tipo de pagamento vem ganhando popularidade entre os pequenos e médios varejistas. Ele ganhou impulso adicional com a pandemia, devido à natureza da propagação e à preferência por transações sem contato como medida de precaução.

Gostou do tema? Quer construir uma carteira digital? Então não deixe de ler o post, que mostra como esse tipo de aplicação pode ser criada com as APIs da GR1D!

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